A produtividade do processo de desenvolvimento de software depende fortemente das ferramentas de desenvolvimento usadas e da forma como estas cooperaram. Tal dependência é ainda mais relevante no contexto do desenvolvimento de software para sistemas paralelos/distribuídos, onde os múltiplos fluxos de execução e suas interacções fazem crescer exponencialmente o número de estados possíveis de um programa, tornando-se assim muito difícil definir quais das combinações possíveis correspondem a estados da computação válidos.
O trabalho apresentado foi iniciado em 1995, no contexto de dois projectos de investigação, SEPP (Software Engineering for Parallel Processing) e HPCTI (High-Performance Computing Tools for Industry), ambos patrocinados pela União Europeia no contexto do programa Copernicus. A nossa contribuição para estes projectos concentrou-se no suporte à depuração, tendo o seu desenvolvimento continuado até ao presente.
Foi desenvolvida uma arquitectura de depuração de programas distribuídos, onde a capacidade de cooperação e extensibilidade foram tidos como dois dos critério base. Esta arquitectura deu origem a um depurador paralelo que foi incorporado em dois ambientes integrados de desenvolvimento (GRADE e EDPEPPS). A mesma arquitectura/depurador foi também alvo de várias outras experiências de cooperação/integração e de extensibilidade para suporte de novas funcionalidades. Neste seminário iremos apresentar a arquitectura de depuração e algumas das experiências de cooperação e integração realizadas. Um dos trabalho realizados, que fecha o sub-ciclo de desenvolvimento "Teste e Depuração", merecerá particular atenção, pela sua importância no ciclo de desenvolvimento de programas.
